Com a utilização cada vez mais frequente de concreto reforçado com fibras (CRF) tem aumentado a demanda por máquinas de ensaio (“prensas”) que sejam capazes de caracterizar os materiais no “pós-ruptura”, ou seja, após a fratura da matriz de concreto.
Alguns ensaios a isso destinados são executados com o atuador hidráulico se movimentando em velocidade linear constante, em contraste com os ensaios simples de ruptura que são executados em regime de taxa de incremento de carga constante.
Muito equipamentos existentes no mercado são servo-controlados, e já possuem essa capacidade de se movimentar em velocidade constante, deste que sejam providos com um sensor de deslocamento que forneça o sinal necessário para realimentação. Os transdutores de deslocamento EX 341 e EX 342 foram lançados para essa finalidade.
Fundamentos
A maioria das unidades hidráulicas (bombas hidráulicas) entregam um fluxo constante de fluido hidráulico, de acordo com um valor previamente ajustado através de algum tipo de controle.
No entanto, um fluxo constante de fluido não necessariamente significa uma velocidade constante do pistão do atuador da prensa. Na proporção em que o corpo de prova vai pegando carga, a pressão sobre o fluido aumenta fazendo com que o mesmo perca volume, já que, como todo fluido do mundo real, possui uma taxa de compressibilidade finita. Isso faz com que a velocidade do pistão diminua na proporção em que a carga aumenta. Além disso, muitas unidades hidráulicas têm dificuldade de manter a vazão conforme a pressão vai aumentando, reforçando ainda mais esse efeito de perda de velocidade com a carga.
Os transdutores EX341 / EX342 medem diretamente o deslocamento do pistão, possibilitando a um sistema de controle em malha fechada manter a velocidade constante independentemente da carga. Quando o sistema de controle da máquina de ensaios (“prensa”) não é em malha fechada, uma indicação visual do deslocamento do pistão da prensa pode servir de referência para uma intervenção do operador no sentido de promover a correção necessária quando a velocidade se desvia da pré-estabelecida
Características técnicas principais
• Curso máximo: 25 mm.
• Sistema de medição: potenciométrico a 3 fios.
• Resistência: 1 kOhm.
• Tolerância na resistência: ±20%.
• Linearidade: 0,2% f.e.
• Prendimento: nas colunas, por base magnética.
• Compatibilidade: com máquinas de ensaio providas com Controlador modelo CT101, ou, opcionalmente, com o Indicador Digital CT201.
• Aplicação: em ensaios que devem ser realizados com o pistão se movimentando em velocidade constante, como é o caso dos ensaios de Duplo Puncionamento e outros em concreto reforçado com fibras (CRF).